Introdução à arqueologia brasileira – etnografia e história

nos deu e a imprevidência política do primeiro reinado nos levou.

Para demonstrar que o Prata é realmente nosso e todas as suas águas são nossas, o Uruguai, terceira caudal a estabelecer o estuário, derramando-se isolado no fundo da bacia, vem muito de cima, de nossas terras catarinenses, e é com as águas dos cursos dessa região e do Rio Grande que adquire força para estabelecer a longa curva que o levará ao seu desembocadouro final.

Mas, nesse explanar, não esqueçamos o relevo, a massa estrutural do país.

Vimos o norte, já focalizamos os grandes rios dos sistemas. Vimos a planície. Agora, ainda uma vez com Derby, vejamos as montanhas. Não são altas, mas cobrem extensa superfície e, compondo a visão panorâmica, entravam o desenvolvimento do homem, são um embaraço posto no caminha das civilizações. Duas cordilheiras, a Oriental ou Marítima, a Central ou Goiana. Cadeias que correm paralelas, cadeias que se prolongam definidas. A Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira, entre elas o vale fundo por onde deslizam as águas mansas do Paraíba do Sul. No sistema Oriental estão as cadeias mais belas, os pontos culminantes do país. Do outro lado, mais para dentro, o enrugamento que produziu o sistema Central, alteando-o ao poente do rio São Francisco e dando-lhe a feição de "aresta viva" que nele descobre Sampaio. Estão aí as serras maiores a se elevarem sobre os chapadões por onde corre o divisor

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