ou Caçadores-Henriques. Essa tradição infelizmente desapareceu.
Após a guerra holandesa, o governador Brito Freire, restaurando a capitania de Pernambuco, deu-lhe uma de nossas mais antigas organizações militares. Determinou que cada comarca fornecesse um terço de soldados locais, dando cada freguesia uma companhia e sendo seus capitães e mestres de campo os homens de melhor posição entre os habitantes. Desta sorte preparou uma espécie de reserva territorial de 6.500 infantes e 800 cavalos. Devemos fazer notar que tais organizações eram, em verdade, mais teóricas do que práticas, não correspondendo seus efetivos e formações irregulares, sob o comando de oficiais, que se armavam e fardavam à sua custa, ao que a lei preceituava. Entretanto, elas às vezes se mobilizavam em grande número e tão rapidamente quanto era possível no seu tempo. Haja vista a rapidez com que o governador de Minas acorreu com um pequeno exército miliciano em defesa do Rio de Janeiro atacado pelos franceses, não chegando infelizmente em ocasião de salvar a nossa capital, graças à covardia de quem a governava. A tradição desses fazendeiros militares, dessa grande reserva territorial veio até nossos dias com a Guarda Nacional, cujos serviços na campanha do Paraguai a cobriram de glória.
Durante o século XVII, a organização militar mais interessante é a pernambucana, porque aquela região saía de terrível luta. Após Brito Freire, em 1663, em plena paz, o conde de Óbidos reformou o que ele fizera, reduzindo toda a tropa a dois únicos terços completos. Mais tarde, o