História militar do Brasil

governador Henrique Luiz Freire criou o regimento de dragões auxiliares a pé, dividido em dois batalhões de dez companhias cada um, com 1.200 baionetas, tambores e oficiais, repartido pelos distritos de Olinda, Recife, Beberibe, Cabo e Iguarassu [Igarassu]. Havia mais, então, dois regimentos de cavalaria ligeira de ordenanças, um com 600 cavalos nos distritos de Itamaracá e Goiana, outro com 500, nos de Alagoas, Porto Calvo e Serinhaem [Sirinhaém].

Em Olinda e Recife, estacionavam dois regimentos de infantaria paga, tropa ativa, não territorial como as outras, cada qual com dez companhias, sendo uma delas de granadeiros; e mais 150 soldados de artilharia. Cada companhia tinha o seguinte efetivo: 44 soldados, quatro cabos, dois sargentos, um alferes, um tenente, um capitão e um tambor; as de granadeiros eram maiores: 55 soldados, os mesmos inferiores e superiores, e, além do tambor, um pífano ou pífaro.

Conservava-se religiosamente o terço preto de Henrique Dias, por patente do conde da Torre, de 4 de setembro de 1639, nomeado primeiro governador e cabo dos negros e mulatos do Brasil. Completava essa organização militar uma força de 13 companhias de ordenanças (cavalaria) e quatro terços de infantaria, distribuídos por freguesias e comarcas. No meado do século XVII, toda essa tropa era regularmente fardada e armada.

Com a mesma formação de reserva territorial, havia no Ceará e Rio Grande do Norte dois terços de infantaria e um regimento de ordenanças, cuja eficiência deixava muito a desejar. Além disso, duas companhias de guarnição dos fortes, chamadas "companhias fixas" ou "pés de castelo".

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