História militar do Brasil

atuais, muito próprias da elegância militar e civil até o começo do século passado.

As necessidades decorrentes das guerras sulinas e os poderes mais latos conferidos aos vice-reis permitem que se vá tornando mais importante a organização militar do Brasil colonial. O conde da Cunha reorganizou os três regimentos da guarnição do Rio de Janeiro: o primeiro, de infantaria, o Regimento Velho, azul com enfeites e metais brancos; o segundo, o Regimento Novo, azul com enfeites e metais amarelos; e o de artilharia, com canhões e golas pretos. A cor preta tornou-se tão tradicional na arma que ainda hoje são pretos os penachos de gala da artilharia. Os botões e metais brancos duraram no Exército até D. João VI, quando passaram para as milícias, excetuados os Henriques, cujo uniforme branco exigia botões amarelos. Nos nossos dias, são usados pelos oficiais de reserva.

Na capitania de São Pedro do Rio de Grande do Sul existiam as seguintes forças: companhias avulsas de infantaria e artilharia, regimento de dragões, criado em 1737, cavalaria auxiliar, cavalaria ligeira de Viaman [Viamão], regimentos da praça da Colônia e da ilha de Santa Catarina.

No século XVIII, o tipo geral dos uniformes para oficiais é o seguinte: tricórnio agaloado, com laço e presilha à esquerda; casaca com forros e canhões das cores regimentais; ao princípio, canhões amplos cheios de carcelas e botões, depois menores até se tornarem da largura das mangas; camisas com bofes e punhos de rendas, que somente desapareceram no começo do século XIX, menos na França, onde logo a Revolução os matou

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