História militar do Brasil

De 1769 a 1779, o vice-rei marquês do Lavradio reorganizou os quatro terços do Rio de Janeiro, a cavalaria auxiliar e o esquadrão da Guarda dos Vice-Reis com suas duas companhias. Em 1776, todas as tropas do Rio estavam nas fronteiras do Sul, menos a 1ª Companhia do citado esquadrão, o 2° Regimento de Infantaria e o de Artilharia. Vindo da metrópole, chegava à capital do Brasil o 1° Regimento de Infantaria do Porto. Da Bahia, vinham o 1° e o 2° de Infantaria dali. Achavam-se prontos para qualquer serviço quatro terços auxiliares, do primeiro dos quais era mestre de campo o próprio vice-rei, o que se tornou tradicional. Em Minas, estavam em pé de guerra seis regimentos de cavalaria, sendo mestre de campo do primeiro o capitão-general governador, vários terços e 40 companhias de pretos e pardos. Todas as tropas do Sul entravam em campanha. Havia em São Paulo, preparadas, a infantaria local e a Legião de Voluntários Reais. Levas de recrutas açorianos preenchiam os claros dos regimentos portugueses. Organizavam-se para a luta os célebres "Aventureiros Paulistas". As ordenanças eram, entretanto, irregulares e muito mal armadas.

Os figurinos de Rangel, datados de 1786, e uma rica série de outros copiados em Portugal e oferecidos ao Museu Histórico pelo ministro Figueira de Melo documentam o fardamento dessa época. Entre os primeiros, está o uniforme do regimento luso de Estremoz, levado para o Pará em 1802 e lá dissolvido após a Independência. Dos segundos se nota em várias tropas um barrete original, meio mitra e meio capacete, comum às antigas infantarias prussianas e moscovitas, que

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