Desiludido de heranças e auxílios paternos, seu filho e homônimo procurou o sertão do São Francisco, onde contava lhe seria dadivosa a fortuna.
Cerca de 1792 instalou-se o quarto João Maurício Wanderley na Vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande, como contratador dos dízimos, para colher desse contrato e de outros negócios, por via de sua diligência e habilidade, fartos lucros, e avantajada fazenda.
Larga influência social e política grangeou sem tardança, ocupando naquela vila vários postos de governo: — almotacé, juiz ordinário, juiz de órfãos, tesoureiro dos ausentes, vereador... Dizem documentos coevos que "era homem probo por morigeração, religião, e todas as qualidades que exige um bom cidadão", "abastado de bens com casa estabelecida, na possessão de muitos bens de raiz, tratando-se por si e por seus antepassados sempre decentemente e a lei de nobreza", e que jamais servindo "ofícios vis, todos os seus antepassados foram conhecidamente nobres".
Por volta de 1822, transferindo residência, por interesses econômicos e políticos para a Vila de Campo Largo da Constituição, quarenta léguas acima, no Rio Grande, aí permaneceu, feito capitão-mor, de 1822 a 1829.
Ao chegar D. João VI ao Brasil oferecendo-se o velho Wanderley à câmara da Vila da Barra para ir ao Rio de Janeiro, à sua custa, beijar a mão de sua alteza, levar-lhe as homenagens daquela corporação e um donativo, empreendeu longa viagem "desamparando a sua família e seus interesses". Partiu em janeiro de 1809 e só em setembro alcançou o Rio, depois