Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

de percorrer mais de quatrocentas léguas "consumindo esse tempo na jornada que fez, já por sertões, já embarcado no caudaloso rio São Francisco, e já sofrendo enfermidades que o puseram em grande risco de vida e que motivaram parte da sua demora".(1) Nota do Autor

Em 1817, "por ocasião da malfadada insurreição de Pernambuco, quando parte do continente se achava duvidoso da sublevação", no dia 17 de junho, proclamou ao povo que, com o capitão Manoel Barbosa Braga, convocara à praça, alçando a real bandeira e salvando-a "com públicos e altos vivas e com repetidos tiros de alegria"; e não contente com tais provas de fidelidade monárquica propôs-se à câmara da Barra para ir em missão de solidariedade junto ao Conde dos Arcos.

Viajou então "escoltado nos perigos de vida de muitas pessoas que o defendiam". Quando partiu com uma comitiva de sete homens dos quais três escravos, levava um passaporte que lhe deu a câmara, e que o retrata já iniciado nas cãs e nas devastações da meia idade: "Capitão João Maurício Wanderley, homem branco, viúvo, morador nesta Vila da Barra, arranchado e estabelecido com bens móveis e de raiz, homem de estatura alta, olhos grandes, pretos, cara proporcionada, barba não muito fechada, suíças grandes, com alguns cabelos brancos tanto na barba como na cabeça, com falta de dentes no queixo superior na frente, um tanto seco de corpo, mãos pequenas e dedos delgados e bem feitos".

Sempre o primeiro na adesão dinástica e na reação às rebeldias, não admitia lhe disputassem a honra de render preitos e homenagens às pessoas reais: se morre D. Maria I manda celebrar à sua custa solenes

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