conveniente que Saraiva fizesse parte do ministério. Cotegipe buscou isso atalhar; mas já tarde. "Hesito em dar a V.Ex.a os parabéns — escrevia ele ao presidente do conselho; mas dou-os ao país por achar-se V.Ex.a a testa do ministério, e ter-se retirado o fatalíssimo do Sr. Ferraz. A missão de V.Ex.a é tão árdua que foi mister o seu patriotismo e a sua coragem para aceitá-la. Não sei se me engano no juízo que faço das nossas cousas políticas; mas tenho-as por muito embaraçadas. Para aqui escreveu o Ferraz dizendo que o Saraiva era convidado e que instassem com ele para que aceitasse a pasta que V.Ex.a lhe oferecia. Se é fato consumado calo-me, porém se é simples consulta ou insinuação, permita V.Ex.a a um amigo que se interessa pelo seu bom governo, fazer-lhe algumas reflexões. O Saraiva foi aqui o braço direito de Ferraz, e é natural que este queira ter voz no ministério — ou para conservar esta mísera província sob a pressão em que se acha, ou para algum plano futuro: a lembrança, pois, desse nome, aliás honesto e aproveitável, não podia nascer senão do mesmo Ferraz, que de mais a mais conseguiria que as minhas relações com o governo de V.Ex.a se tornassem difíceis, e ele não é homem de recuar diante dessa malícia.
"Se é indispensável um baiano — parece-me que o Taques reune melhores condições políticas, e grupará grande parte, senão toda a deputação, facilitando algumas reparações, visto que não pretende ser chefe de grupo nem fazer política sua.(1) Nota do Autor Não dê a V.Ex.a muito cuidado à deputação da Bahia; na pior hipótese não lhe faltará metade; a outra metade só lhe faltará se o sentirem morto...