Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

já muitos baianos, de dentro, forçoso me foi convidar um Pernambucano, para o lugar que estava destinado para o Camaragibe, que recusou fazer parte do ministério, indicando em seu lugar o Manoel Felizardo. Bem me lembrei de V.Ex.a e se aqui estivesse não escapava de um forte apertão. Os negócios vão, por ora, marchando bem, apesar de que acho a Câmara dos Deputados com uma maioria maior do que era preciso, o que faz que seja banzeira, e talvez dê em resultado divergência da parte dos conservadores que possa dar ganho de causa à oposição, que com isso quer especular; mostrando-se por ora muito mansa. No Senado, este ano, é que será toda a guerra, e eu peço a V.Ex.a como seu amigo, que venha quanto antes ajudar-nos, com o seu valioso voto e palavra. Não creia que o Ferraz tivesse a menor parte na organização do ministério atual, pois eu em nada o ouvi, e muito menos a respeito da entrada do Saraiva. Se ele para lá mandou dizer alguma cousa nesse sentido, mentiu, pois não teve comigo a menor inteligência a esse respeito, e nem conto com o seu apoio, pois já sei, por experiência própria como ele costuma a proceder. Torno a pedir-lhe, meu am°. que não perca a primeira Barca e que venha dar-nos um abraço pois sou am°. e colega que o estima — M. de Caxias".

Paranhos, repetindo os apelos de Caxias, ratifica essas explicações, bane do ânimo de Cotegipe apreensões quanto à entrada de Saraiva(1) Nota do Autor e pede-lhe aconselhar a Tibério, Gasparino e Taques a apoiarem

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