Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

pelo amor, pela poesia bucólica, pelos interesses e pela amargura ia se tornando irresistível.

O manômetro marcava os mais altos números.

Os trabalhos do campo; as novidades da indústria já não bastavam para remédio a seu amargo desconsolo. A estagnação da melancolia lhe apodrecia a vida.

O tempo fizera-o esquecer as injustiças e brutalidades da política; buscava-a agora como uma salvação. Tinha que volver; mergulhar de novo no pego; retomar a vida na vida dos partidos, na volúpia dos combates de tribuna, no prazer de abater uma situação, na glória de retornar ao poder, no poder de bem-fazer ao país.

E a sociedade o seduzia de longe com a lembrança de antigos encantos para que fosse esquecendo — ai do mundo e da transitoriedade ainda dos mais intensos sentimentos! —, ao aspirar a flor de alguns sorrisos, ao aquecer-se ao calor de alguns regaços.

Em 1867 regressa à liça parlamentar e à corte.

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