de quem os defendesse dos portugueses do Pará, que frequentemente lhes invadiam as cabildas, para reduzi-los à escravidão. Do principal aldeiamento em que arrebanhava aqueles índios, São Joaquim, desceu ele, em fins de janeiro de 1689, à maloca central dos jurimáguas; e, ou para tratar-se de enfermidade perigosa, que o acometera, ou para melhor patrocinar a liberdade dos selvagens, aportou a Belém em 11 de setembro do mesmo ano. Governava o estado do Maranhão, desde 1687, Artur de Sá e Meneses (que dez anos depois veio dirigir a Repartição do Sul). Permaneceu ali o inaciano vinte e dois meses, dezoito dos quais detido no Colégio dos Jesuítas, porquanto, logo que chegou à capital paraense, reclamou do capitão-general "o reconhecimento dos direitos da coroa castelhana sobre os territórios onde estavam situadas suas missões". Consultara o governador ao soberano sobre esse alarmante caso do padre Fritz, e a resposta do rei de Portugal já alcançou ao sucessor de Artur de Sá e Meneses, Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, que regeu o estado do Maranhão de 1690 a 1701 (vindo mais tarde para a capitania de São Paulo e Minas do Ouro, que instalou em 1709 e superintendeu até 1713) . Reprovou Dom Pedro II a detenção do loiolista e ordenou fosse o mesmo reposto, à custa da real fazenda, no ponto das missões de que saíra, ou em Quito, se fosse preciso. A fim de cumprir tal ordem, consumiu o representante da metrópole três meses. Só a 8 de julho de 1691 pode regressar o padre, acompanhado por um cabo ("capitão"?), um alferes, sete soldados, um cirurgião e trinta e cinco índios, estes como remeiros da flotilha de canoas.
É aí que aparece a mais antiga referência, que se conhece em documentos de boa fonte, à atividade militar de Francisco de Melo Palheta. De fato, dando notícia