nuances da dermacromia, correndo por todas as escalas da métrica craniana, facial, estatural etc. Os diversos meios físicos, as seleções e as mais circunstâncias vão diminuindo o número dessas variedades, eliminando os menos aptos, reduzindo os tipos que, embora em pequena quantidade, se perpetuam nessa orquestração polimórfica, que é a população brasileira, amálgama heterogêneo de muitos caracteres que definham em ambientes físicos e sociais numerosos e variados". A população nordestina, para o mesmo antropologista, surgiu do cruzamento de três tipos — o branco e o negro, dólicos, e o índio braquicéfalo — "cruzamento homogenésico-paragenésico, isto é, cruzamento fecundo com volta para o índio braquicéfalo e eliminação dos caracteres do branco e do negro, talvez por terem os mestiços paragenesicamente se cruzado intensamente com o índio, devido à supressão do tráfico de escravos africanos e à extinção do afluxo de colonos europeus, que procuram com exclusividade os estados do sul".
É possível mesmo, como já afirmou um dos nossos antropólogos, que não exista na face da terra outra região onde a mestiçagem se efetuasse tão largamente quanto no Brasil. Entraram os indígenas com notável coeficiente nas populações do setentrião, sobretudo nas áreas sertanejas confinantes com a faixa agrária do litoral, por motivo que Oliveira Viana atribui à substituição, na última zona, do braço ameríndio pelo afro e à índole do selvícola, refratário ao labor organizado: à medida, diz esse sociólogo, que se intensificou, no período proto-histórico do Brasil, o tráfico negro, o elemento indígena foi sendo progressivamente repelido para o interior, "para as zonas campesinas, onde se pratica o pastoreio, ou para as