do povo, o que requer longo trato de tempo.
Como sabemos, a nacionalidade brasileira gira dentro de um triângulo tricolor: branco, amarelo e preto; e por maior que seja a luta estabelecida entre contingentes os mais diversos dentro de sua área, o resultado há de ser sempre delimitado pelas três linhas mestras que lhe fecham o perímetro, as quais pela lei da hereditariedade e do atavismo hão de perdurar séculos e séculos. Este triângulo, entretanto, é isósceles; e o lado desigual, e que lhe serve de base, é o maior, representando a raça branca; de modo que, com o decorrer dos tempos, esta linha irá sempre se acompridando, e as duas de cima, naturalmente, vão abaixando, até desaparecerem absorvidas nela. Nesse futuro remoto, estará, então, criada a raça brasileira; e a literatura, a poesia, a música nacionais, terão sua feição própria, inconfundível, revestidas do indispensável poder de persuasão.
O passado, ao invés de ser anulado, cria raízes e se expande. Uma prova real da influência que o passado acumulado de gerações pregressas exerce sobre nós, por uma espécie de memória anímica das células, é que, não há quem, por mais