Silva Jardim

Tive a honra, senhores, de ser incumbido de apresentar esta indicação e pedir a inserção de um voto de pesar na ata de hoje. A indicação está assinada por outros dignos colegas, cujos nomes me dispensarei de ler.

Entenderam os meus amigos que havia motivo para que fosse eu encarregado dessa tarefa, talvez por conhecerem os estreitos laços de amizade que me uniam a Silva Jardim.

Sendo este o título pelo qual me confiaram tão doloroso encargo, aceitei-o, senhores, triste e emocionado, procurando cumprir esse dever lúgubre; e creio que o tenha realizado com a sinceridade de uma amizade puríssima (Apoiados; muito bem).

Creio, senhores, que tenho satisfeito os desejos e as aspirações dos meus nobres colegas, e direi mais, apenas, que com isto nós não aumentamos os lauréis e a auréola nobilíssima daquele que para morrer foi necessário que um vulcão o devorasse; vulcão que recebeu em suas lavas a ardência das ideias do grande tribuno e o fogo constante de suas convicções de patriota legendário.

Era preciso que para morrer ele tivesse uma sepultura nobre, um sepulcro grandioso. Foram as lavas de um vulcão que tiveram o poder de apagar aquela vida singular! Silva Jardim submergiu-se na cratera do Vesúvio!"

Seguiu-lhe com a palavra o deputado Anibal Falcão, também testemunha da obra de Silva Jardim na preparação da República:

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