Silva Jardim

como a resultante necessária de nossa evolução e para o preenchimento do destino nacional.

Todavia, não bastava essa indicação geral da teoria do regime republicano, e era necessário demonstrar a sua incompatibilidade com o parlamentarismo, incompatibilidade não somente lógica, mas histórica, segundo se deduz do papel da realeza constitucional no Brasil e da contemplação de todo o nosso passado, quer propriamente americano, quer anterior, até as remotas origens da monarquia portuguesa.

O emérito patriota prestou ainda esse assinalado serviço, pregando a república ditatorial, graças ao que o nosso país chegou a colocar-se na mais avançada linha do progresso político em todo o ocidente.

O povo brasileiro viu com que inabalável fé, com que extraordinária energia, com que indefesa atividade, com que impassível coragem, com que elevação, lucidez e ardor de espírito o moço patriota efetuou essa campanha memorável.

Começando por abalar no mais forte das suas tradições as classes conservadoras, agitando, convulsionando o interior do país, veio ele sitiar a monarquia brasileira em sua capital, cujas portas lhe foram abertas no dia seguinte àquele em que ainda se ouviam aclamações entusiásticas à realeza pela vitória republicana de 13 de maio.

Travou-se então verdadeiro duelo entre os dois regimes, que respectivamente representados por Silva Jardim e pelo Conde d'Eu, foram degladiar-se nas províncias

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