Silva Jardim

Estava, pois, iniciada a grande luta da sua vida, luta que só abandonou quando o Vesúvio reclamou a sua parte na bravura do herói.

Matriculou-se nesse mesmo ano no colégio Silva Pontes, passando-se no ano seguinte ao mosteiro de São Bento.

Aí estudou latim, português, francês e geografia, mandando a seu pai, em oito de julho, esta delícia:

"Je n'peut pas etre plus étandu. Jetez votre benediction, mon pére et ma mére, sur votre fils q'il vous aime. Pardonez les erreurs e le papier. — Antoine".

Nesse ano teve varíola, cujos sinais no rosto o acompanharam para sempre.

De Niterói passou-se para o Rio, vivendo na companhia de Raymundo Corrêa, Francisco Pessanha, Pedreira Franco e Liborio Seabra, numa "república" afamada pela ordem, que a gravidade de Raymundo impunha e mantinha.

Mas, as dificuldades financeiras do velho Gabriel começavam a preocupá-lo. As mesadas já tardavam e o seu coração lhe contava as silenciosas agonias de Capivari...

Tentou empregar-se no comércio, recalcando para o fundo da alma o desejo de formar-se. Em vão. O comércio do Rio daquela época só aceitava empregados portugueses, e ele não servia porque era filho da terra...

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