Candido Rondon, que instalou a rede telegráfica nos Estados de Mato Grosso e Amazonas.
Como o anterior, o presente fascículo narra sugestivos acontecimentos, desenrolados no decorrer dos serviços da Comissão, aos quais o autor deu o título, assaz apropriado, de "Episódios de acampamento". Está, outrossim, ornado de ilustrações impressionantes como sejam: a barraca do general Rondon, onde escreveu todos os detalhes da sua patriótica e nobilíssima empresa, e um cemitério tosco e rude, improvisado no aceiro da mata verde, ao lado do poste que sustém o fio telegráfico, promissor da civilização.
Tem, ainda, este fascículo, 32 páginas e a sua leitura é simples e agradável.
(Do "Jornal do Brasil", de 3 de outubro de 1921).
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A OBRA DE RONDON
A conceituada Livraria Bittencourt teve a fidalga gentileza de ofertar-me ontem os dois primeiros folhetos da obra grandiosa que o major dr. Amilcar Botelho de Magalhães escreveu, narrando-nos as suas "Impressões da Comissão Rondon".
No pórtico do livro, Coelho Netto, glória já canonizada das letras pátrias, naquela sua forma deslumbrante, naquele seu estilo marmorário, profere o elogio entusiástico do trabalho do insigne oficial do nosso Exército, não só pelo que há nele de beleza, como pelo que contém de ensinamentos cívicos, porque nos mostra, no cenário grandioso de uma pátria virgem, heróis, dignos dela, como Rondon e seus companheiros, entre os quais se notabiliza o autor do livro como um dos mais abnegados e corajosos.
[...]
No entanto, em face da epopeia homérica que Rondon e seus companheiros vêm insculpindo nas vastidões desérticas que ignoramos - também o nosso espírito, jubiloso e esperançado, chega às mesmas conclusões experimentadas e grafadas por Coelho Netto em sua carta de entrada ao livro do talentoso major Botelho de Magalhães, da estirpe benemérita de Benjamin Constant; "podemos contar com o futuro, porque ainda temos homens que no-lo garantem: são esses devassadores