às seguintes denominações: Episódios de acampamento, apreciações individuais, uma página de saudade, exploração do rio Jacy-Paraná, expedição Roosevelt, os índios e resumo geral dos trabalhos executados pelo general Rondon.
Para dar ideia da magnitude e da extensão destes trabalhos, basta dizer que a rede telegráfica, já em tráfego, no estado de Mato Grosso, atingia, em 1921, a 4.500 quilômetros, com 55 estações. Além de inúmeros relatórios, conferências e outras contribuições igualmente práticas, e proveitosas, a comissão publicou já 38 obras de História Natural, sendo 14 de Botânica, 12 de Zoologia, quatro de Etnologia, quatro de Mineralogia e Geologia, duas de Geologia e duas sobre águas termais.
A comissão está atualmente incumbida de levantar a carta geográfica do estado do Mato Grosso, cuja superfície já foi por ela calculada, nos seus trabalhos preliminares, em 1.486.983 quilômetros quadrados.
Trata-se, pois, de um livro altamente recomendável e que deve figurar com realce nas estantes de todos os brasileiros que se interessam pelas cousas da nossa pátria. O trabalho é precedido de uma longa e brilhante carta prefácio de Coelho Netto".
(Do "Correio do Povo", de Porto Alegre, em 14-11-1923).
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LIVROS NOVOS
(Seção de crítica literária)
"O livro do Sr. Major Amilcar Botelho de Magalhães, de impressões da Comissão Rondon, está cheio de observações e recordações de especial importância. Há nesse volume muito que aprender, sabendo como trabalharam naquela heroica comissão e como se dirigem homens; há revelações de feitos magníficos de coragem física e moral, ensinamentos e curiosidades. Honra ao Brasil e à espécie humana o que o general Rondon e seus dignos companheiros realizaram penetrando o bravio sertão. A tarefa foi formidável, e as impressões do Sr. major Amilcar Botelho de Magalhães são cheias de pitoresco e de imprevisto.
O general Rondon não tinha somente de atender aos trabalhos da construção da linha telegráfica; tinha de manter o moral das tropas, escória do velho soldado que não era