os estágios e tipos de industrialização(164).Nota do Autor
Ele faz distinção entre o processo quantitativo e qualitativo (na própria indústria). Sob este ponto de vista, o Brasil ainda pertence ao tipo quantitativo; o processo de transição do domínio da produção do alimento e tecidos para a do ferro, metal e maquinário ainda não começou. O industrial do Brasil ainda se dedica, na sua maior parte, à produção de artigos de consumo. A questão do se e quando o Brasil entrará na segunda fase depende da solução do grande problema da metalurgia brasileira e da importação do capital estrangeiro. O primeiro problema excede o propósito do presente estudo(165);Nota do Autor quanto ao segundo, voltaremos a ele no capítulo VII.
Mas, constitui um critério de "avestruz" ignorar a industrialização que se processa, queixar-se das "indústrias artificiais", e pretender o retorno a uma vida puramente agrícola. A guerra não foi a criadora desse processo; ele existe desde o século XIX; a sua idealogia nos conduz até Mauá. A guerra acelerou a sua velocidade. Em cinco anos o país realizou um trabalho, que provavelmente levaria décadas para ser realizado sob condições normais. Uma revolução estrutural substituiu uma evolução estrutural, sem mudança da direção do processo.