Evolução econômica do Brasil

Na segunda metade do século XIX, iniciou-se o período da rápida aceleração no deslocamento da fronteira.



* * *



Verifiquemos quanto se deslocou a fronteira econômica do Brasil e até onde se processou o ajustamento do território político existente à economia nacional.

É possível fazer-se uma afirmação exata da localização da fronteira atual. Em alguns Estados, a fronteira não está ainda muito longe da costa; em outros, já está no mais distante interior. Em alguns lugares, as fronteiras internas se confundem, não sendo possível divisá-las. O estado da história econômica e geográfica do Brasil é de molde a não se poder traçar a linha para demarcar a sua real situação divisória. Tentemos, portanto, com a ajuda de dados estatísticos, esboçar o quadro.

As cifras demonstram um decidido dualismo econômico no país, apesar da ausência de um dualismo geográfico, como, por exemplo, acontece no Peru ou na Bolívia, onde as montanhas dividem o país em duas partes. Virtualmente, uma das partes econômicas do Brasil participa da economia nacional somente por reflexo.

Entre os diversos estados, uns são adiantados e outros atrasados, uns ativos e outros passivos. Ao passo que a vida colonial estava bem desenvolvida na costa ou mesmo em Minas Gerais, Mato Grosso, por exemplo, era um enigma e ainda hoje não entrou completamente na trilha do progresso. 95 por cento da população, assim como todas as cidades importantes, que continuam crescendo, estão situadas no litoral ou no terço suleste do Brasil. O Distrito Federal é uma das regiões mais densamente povoadas da América do Sul, ao passo que o Estado do Amazonas, possuindo