de tudo, para conseguir o seu desenvolvimento econômico.
A primeira está na idade moderna, a segunda figura ainda pelas suas condições no período colonial. Séculos de evolução separam Mato Grosso de São Paulo.
O país tem, na verdade, "terra demais e muito pouca população", usando a apropriada observação de Roy Nash. (18)Nota do Autor
Essa é a melhor resposta à questão tantas vezes discutida do Imperialismo Brasileiro no continente sulino. Desde o começo do século XIX, especialmente no tempo do Império, as nações limítrofes (e que país na América do Sul não confina com o Brasil, exceto o Chile e o Equador?) manifestaram receios da expansão política deste país. No próprio Brasil, podemos encontrar o neo-imperialismo, uma corrente fraca, da qual o mais violento representante literário foi Elysio de Carvalho, que exprimiu esses sentimentos no ensaio: "O Brasil, Potência Mundial".
Mas os neo-imperialistas esquecem o dualismo econômico do Brasil e a pluralidade de seus mercados. O país consiste numa metrópole e cidades, com aspecto e desenvolvimento ainda coloniais, dentro de seus próprios limites políticos.
O Brasil é dotado de uma imensa reserva de terras, por onde pode expandir-se de um enorme mercado potencial para o país desde que fique equipado industrialmente. Não há necessidade de uma política de expansão territorial, mas sim de uma política que procure aumentar a escassa população. Não é necessário procurar novos mercados, novos territórios, nem matérias-primas.