Capitania de São Paulo: governo de Rodrigo César de Menezes

Santos, o melhor e o mais usado porto marítimo da capitania, achava-se no mais desolador estado.

Apesar da invasão e saque da cidade do Rio de Janeiro, em 1711, por Duguay-Trouin; apesar do receio de novos saques por piratas estrangeiros atraídos pela cobiça do ouro, que fartamente se extraía no território paulista, não existiam, em Santos, fortificações dignas desse nome.

A fortaleza da barra de Bertioga era um reduto de três faces feito de faxina e de estacadas de madeira, arruinadas e apodrecidas; tinha cinco peças de artilharia, sem reparos, e uma guarnição de um sargento, seis soldados e um artilheiro.

Em 1700, o governo português tinha cogitado de, como melhor, mais rápido e mais econômico meio de defesa, entupir a barra da Bertioga, plano genial que não chegou a ser levado a efeito.

A da barra de Santo Amaro não tinha casa para pólvora; nela estava o melhor da artilharia — trinta e duas peças — que não funcionavam porque as carretas estavam tão danificadas que não suportavam o peso das peças; tinha uma guarnição nominal de 300 homens, tirada do Rio

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