Nesse posto estava quando, em Lisboa, se começou a murmurar dos amores que o moço rei D. João, o quinto do nome, trazia com d. Felipa de Noronha, dama do Paço.
O galanteio, refere um cronista, deveria ter começado em 1704 quando D. João, ainda príncipe real, teria uns 15 anos e d. Felipa 22; para vencer os escrúpulos e receios de d. Felipa, o príncipe dera um escrito de casamento.
D. Felipa acreditou, e, não só pela fé devida a um príncipe como também porque sendo ela nobre o casamento era possível... deixou-se vencer; as conveniências, porém, da política, aconselharam a reclusão de d. Felipa no convento de Santa Clara.
D. João V, para evitar um conflito e cobrir o escândalo, recorrera ao expediente cediço de casar d. Felipa; e, para tal fim, escolhera Rodrigo Cesar de Menezes, um excelente corte de marido.
Mas d. Felipa recusou o alvitre e as murmurações da corte encarregaram-se de malograr tal casamento.
Nessa ocasião a crédula d. Felipa escreveu ao rei uma carta célebre, considerada por alguns