do que foi, desde a época do descobrimento, a ação da metrópole portuguesa sobre o conquistado povo.
A partir do período colonial, qual foi, com efeito, o influxo do velho Reino, pelos donatários, vice-reis, capitães-mores e governadores, sobre o nosso povo? Escravidão e marasmo — eis tudo quanto prodigalizavam à infeliz colônia as leis e decretos de além-mar. Até ser transplantada para as nossas plagas a sede da Monarquia Portuguesa, o antigo regime, como observa muito bem um escritor patrício, pode ser resumido em cinco desprezíveis palavras: despotismo, servilismo, fatuidade, espoliação e obscurantismo.(1) Nota do Autor Tais foram, na verdade — acrescenta o mesmo publicista, — as cinco plantas exóticas e genuínas que os políticos de além-Atlântico mandaram do velho Reino para o conquistado Brasil.
Do ponto de vista econômico, só se lembravam da Colônia com as mais disparatadas medidas coercitivas, da sua nascente atividade. São provas disso, evidentes, os numerosos alvarás e cartas-régias que enchem ainda hoje as nossas coleções. A tal ponto chegou o ciúme de Portugal ante a prosperidade crescente do Brasil Colônia, que só admitiam, e por favor, aqui se tratasse de mineração e de engenhos de açúcar, porque daí lhes provinham fartas e consideráveis rendas. Ainda assim, por alvará de 18 de novembro de 1715 proibiram-se os engenhos de açúcar em Minas Gerais. As próprias oficinas de ourivesaria na terra do ouro eram