Botânica e agricultura no Brasil no século XVI

é sempre multiplicada pelos aborígenes por meio de rebentos laterais, e cujo putâmen duro como pedra, do tamanho de uma ameixa regular, na cultura sucessiva, muitas vezes se acha totalmente atrofiado ou transformado em uma substância cartilaginosa. Quantos séculos não teriam sido precisos para desabituar esta árvore a produzir a sua semente tão sólida e grande"!

Depois de considerar os fatos que acabamos de narrar, da autoria do Prof. Carlos Frederico Von Martius, desperta o desejo de conhecer como e porque esta raça declinou e se asselvajou. O mesmo escritor, igualmente interessado, rebuscou todas as obras antigas que tratam deste assunto, como sejam, as de: Pedro Martyr, Oviedo, Gomara, Acosta, Inca Garcilaso, Diego de Castillo, Cortes, Pedro de Cieça, Torquemado, Sahagun, Andrea de Olmos etc. e chegou, finalmente, à conclusão que nem os mitos ou as lendas registradas, sobre a invasão, conseguiram reter vestígios fidedignos dos acontecimentos havidos e que todas as narrativas que destes assuntos tratam nada mais são do que pálidos reflexos daquilo que a tradição oral do aborígene conseguiu conservar. Ele acreditava mesmo que muitas dessas histórias tivessem sido inventadas depois da descoberta e duvidava sinceramente que em qualquer tempo nos pudesse ser possível aprofundar mais a verdade dos fatos nessas pesquisas arqueológicas e etnográficas.

A história da invasão dos povos bárbaros no México, em tempos pré-históricos, de acordo com Acosta, nos diz que eles, sob o comando de Xolot atingiram o vale do México, onde, vendo diante de si palácios e muitas casas e fortes, sem qualquer sinal de vida humana, temendo uma emboscada, decidiram enviar alguns exploradores para o terreno. Estes, descendo então à cidade, entrando nela, depois de muita busca, descobriram apenas alguns

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