O idealismo da Constituição

PREFÁCIO

Há presentemente um vivo movimento de interesse em torno da velha tese da "democracia liberal" e da nova tese da "democracia autoritária". Revivem-se antigos debates sobre a "soberania do povo"; sobre o "sufrágio universal"; sobre a "representação política"; sobre o "princípio da liberdade"; sobre o Estado Totalitário, contraposto ao Estado Liberal; sobre o "princípio do chefe"; sobre as "novas fontes da opinião democrática"; sobre a "organização corporativa" etc. Observo, cheio de atenção e curiosidade, o embate de todas essas opiniões, manifestadas, em virtude de circunstâncias do momento, mais na intimidade dos pequenos círculos do que na arena larga do periodismo e dos comícios.

Tenho a impressão (confesso que é uma simples impressão, e não um juízo) de que a mentalidade dos que refletem atualmente sobre estes graves problemas não difere muito da mentalidade antiga. Quero dizer: da mentalidade que, há cem anos, vem "sonhando" a democracia e a liberdade no Brasil. Os idealistas de hoje "sonham" com a democracia e a liberdade, como "sonharam" os da Independência, os da

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