CAPÍTULO II
O EMPÓRIO DO AÇÚCAR
Passaram-se muitos anos antes que a coroa portuguesa desse fé do Brasil. Monarca e povo "tinham os olhos ofuscados pelos resplendores das pedrarias do Oriente".(1) Nota do Autor Esse pensamento repete-se de tal modo nos historiadores filojudaicos que somos forçados a admitir o propósito por parte dos judeus em conservar as atenções voltadas para outro lado, a fim de poderem, à vontade, não só tirar, sem grande trabalho, à custa de bugigangas dadas ao índio, milhares e milhares de quintais de pau-brasil, produtor de tintura, ou de canafístula produtora de mirra,(2) Nota do Autor como de preparar uma espécie de refúgio para a sua raça deste lado do Atlântico. "Aconteceu que os judeus foram obrigados a emigrar, açoitados por uma perseguição feroz (1506). Seu instinto mercantil adivinhara(3) Nota do Autor as riquezas naturais do Novo Mundo. Teriam aqui tranquilidade e segurança. O Santo Ofício não os inquietaria".(4) Nota do Autor Tanto assim que a ordem dos Dominicanos, à qual estava quase sempre afeto este tribunal, nunca logrou estabelecer-se no Brasil. Em todo o nosso vastíssimo país, não existe um único convento de S. Domingos. O número e a influência dos cristãos-novos impediram o funcionamento da Inquisição entre nós. Houve somente visitações e quem lê seus processos fica assombrado da persistência do judaísmo nos marranos convertidos