Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

remontara em parte com Solis, o atraiu irresistivelmente com quatro companheiros, sertão adentro, buscando alcançar a sua miragem, através do continente.

Foi desse modo que cruzou Santa Catarina, passou ao Paraná e por essa via internou-se no Paraguai. Uma vez nessa região, língua da terra como se tornara, induziu centenas de guaranis a que o acompanhassem e, entrando pelo baixo Mato Grosso, cortou a planície dos guaicurus e continuou sempre em direção ao ocidente, buscando a região dos Charcas. O término da sua caminhada, dizem alguns, teria sido Chuquisaca. Daí desandou a jornada, com muitos despojos de prata e, quando atingia novamente as terras paraguaias, foi morto, com alguns dos seus companheiros, pelos guaranis revoltados, em 1526.

Uma representação do cabido de Tucuman, de que possui cópia o Arquivo Público do Estado, datada de 1725 e dirigida ao respectivo governador, narra essa atrevida empresa e conclui: - "Pouco depois, chegaram os castelhanos àquelas paragens e, achando entre os guaranis peças de prata das que Aleixo Garcia trouxera do Peru, persuadidos de que aquela prata era tirada das minas do país, puseram ao rio por onde subiram o nome de rio da Prata."

Essa malograda aventura de Aleixo Garcia deu assim origem a se estender pelo litoral da nova terra, a fábula das riquezas platinas. E dentro em pouco o seu vulto era tão grande, que, ao arribar ao sítio do Marco, velejando para as Molucas a soldo da Espanha, Sebastião

Bandeiras e bandeirantes de São Paulo - Página 12 - Thumb Visualização
Formato
Texto