Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

Caboto tais maravilhas ouviu, que mudou de rumo, indo a São Vicente colher melhores informes e dali a Santa Catarina, procurar os sobreviventes de Solis, que lhe servissem de guias para renovação da interpresa.

O seu roteiro imprevisto, foi porém um desengano e alguns anos após, em 1530, aparecia em Sevilha, inteiramente desarvorado.

Dom João III, que se tinha como senhor indiscutível daquelas regiões, ao ter notícia dessas tentativas dos castelhanos para se estabelecerem no rio da Prata, tratou de organizar uma armada, que fosse firmar definitivamente aquele domínio para a sua coroa e confiou o comando da mesma a Martim Affonso de Sousa.

Essa resolução alarmou a rainha Izabel de Espanha, que se deu pressa em escrever ao seu embaixador em Portugal, Furtado de Mendonça, avisando-o de que o monarca português mandara chamar de Sevilha a Gonçalo da Costa, piloto que estivera largo tempo em São Vicente, a fim de lhe pedir informes sobre a costa do ouro e da prata, oferecendo-lhe um posto na missão de Martim Affonso.

Noutra carta recomendava-lhe ouvir sobre tal assunto a Henrique Montes e certo Pedro de Campos, morador em Vianna, os quais igualmente haviam estado longamente no litoral meridional do Brasil e no rio da Prata.

Dessas averiguações, adquirira a rainha a convicção de que aquela esquadra obedecia a três finalidades:

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