Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

desalojar os franceses encontrados naquela costa, fortificar os portos com artilharia e entrar desde São Vicente pela terra dentro, para atingir por essa via o rio da Prata. E, não obstante os seus protestos, D. João III levou a termo o seu intento.

É sabido que Martim Affonso de Sousa trouxe na sua armada a Henrique Montes e que ao chegar à Cananeia, ali encontrou o mesmo bacharel português, que alguns anos antes havia acolhido a expedição de Diogo Garcia, em São Vicente. Viviam ali com ele, Francisco de Chaves, que alguns autores dizem ter sido companheiro de Aleixo Garcia e seis castelhanos mais, genros do referido bacharel.

Exceção deste último, que era um degradado, tais moradores de Cananeia poderiam ser derrelitos de Solis, ou desertores de Loaisa, ou abandonados de Caboto. O fato é que em 1531, permaneciam nessa costa, europeus oriundos das primeiras armadas ao Atlântico sul e o mais natural é que se agrupassem para defesa comum contra o aborígene e assim se encontravam esses de Cananeia, os de São Vicente e os do porto dos Patos.

Francisco de Chaves tornara-se perito na língua dos nativos e grande conhecedor da penetração do país. Assegurou a Martim Affonso de Sousa conhecer a trilha indígena que desse litoral levava ao vale do rio Paraguai. Afirmou ainda que dali poderia regressar com quatrocentos escravos carregados de ouro. Não vacilou por isso Martim Affonso, em confiar-lhe a missão de nortear até o rio almejado, oitenta soldados comandados

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