Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

por Pero Lobo, capitão do galeão "São Vicente".

Alguns escritores acrescentam a esse primeiro cabo de entrada vicentina, o apelido de Pinheiro e, a ser exato, seria ele filho solteiro de Francisco Pinheiro Lobo, bastardo de d. Alvaro Pires Pinheiro, primeiro senhor do morgado de Pouves e alcaide-mor de Barcellos. A sua bandeira internou-se pelo sertão, ao primeiro dia de setembro de 1531.

Constitui fato conhecido que os índios, nas suas migrações ou simples relações de aldeia para aldeia, haviam rendilhado o território todo de caminhos, alguns datando de épocas imemoriais e muitos deles chegando a ser aproveitados para estradas até aos nossos tempos. Tais caminhos eram denominados apés e talvez o mais antigo deles, oriundo das migrações para o litoral atlântico das gerações do vale do Paraguai, vem descrito por Theodoro Sampaio.

Partindo das margens do rio Paraná, vinha ter às cabeceiras do rio Tibagi, onde se tripartia. Um ramo buscava o sul, passando pelos campos de Curitiba, em direção a Santa Catarina. Outro entranhava-se pelas matas do Assungui e ia ter a Cananeia. E o terceiro, finalmente, tomava para nordeste, pelos campos que levavam a Piratininga.

Trilhando o primeiro destes galhos, Aleixo Garcia atingira as regiões dos Charcas. Seguindo pelo segundo, Pero Lobo, guiado por Francisco de Chaves, pereceu

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