Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

com toda sua tropa, num assalto dos silvícolas, na foz do rio Iguaçu.

São conhecidos os fatos posteriores à partida de Martim Affonso de Sousa de Cananeia e atinentes ao desempenho da sua missão no rio da Prata. De retorno dessa região, arribou à ilha de São Vicente, aos 22 de janeiro de 1532. Aí já existia, desde antes de Caboto, um pequeno povoado de dez ou doze casas, uma das quais inteiramente de pedra, com uma torre, para defesa contra o gentio.

Europeus que aí haviam permanecido, ou que aí ainda se encontravam, náufragos, degradados ou simples aventureiros, teriam sido João Ramalho, que remontara a serra marítima e se fixara na borda dos campos, Antonio Rodrigues, que demorava no espraiado de Tumiaru e no povoado, Gonçalo da Costa, Fernando Mallo, Francisco de Rojas e uns poucos mais.

Aí fundou Martim Affonso de Sousa a primeira colônia portuguesa da América meridional, consagrando-lhe a primitiva denominação de São Vicente e, transpondo depois a serra de Paranapiacaba, seguindo o caminho velho ou Piassaguera, elevou outra, em outubro de 1532, nove léguas pelo interior, nos campos de Piratininga, dando-lhe este nome.

Capistrano de Abreu comenta que D. João III, ao fazer a divisão do Brasil em capitanias, parou em Laguna, sem tocar o rio da Prata. Talvez Martim Affonso de Sousa colocasse mais a oriente o meridiano das Tordesilhas ou talvez não lhe desse importância, como

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