porta para as famosas riquezas. Dos informes que seguramente colhera, resultava que estariam além do rio e mais ao norte. Procuradas diretamente através do sertão, encurtar-se-ia a distância. Certamente por isto ou porque já encontrou ocupado o litoral e o interior, fundou as duas vilas mencionadas.
O estabelecimento da colonização portuguesa inicial na costa vicentina fora feito pelo denominado bacharel de Cananeia, o qual vem citado na carta de confirmação de sesmaria, mandada passar na vila de São Vicente, pelo capitão-mor Antonio de Oliveira, a Pedro Corrêa, aos 25 de maio de 1542, onde se lê: - "faço saber aos que esta minha carta de confirmação virem, como por Pedro Corrêa, morador nesta vila de São Vicente, me foi feita uma petição em que diz que por Gonçalo Monteiro, que aqui foi capitão lhe foram dadas umas terras da outra banda desta vila, que é o porto das naus, terra que era dada a um mestre Cosme, bacharel, etc."
Esse pois devera ser o nome do bacharel encontrado por Diogo Garcia, em 1527, em São Vicente e por Martim Affonso de Sousa, em 1531, em Cananeia. Ruy Diaz de Gusman diz que esse bacharel se chamava Duarte Perez e fora desterrado a mandado de D. Manuel I.
Capistrano de Abreu conta que, em 1540, um anônimo espanhol escrevia que a ilha de Cananeia e a terra firme fronteira foram povoadas por um bacharel que ali estabelecera pomares, construíra casas e depois tudo abandonara, retirando-se mais para o sul, porque os