O primeiro ocupante branco do interior vicentino, também não quis demorar sob a jurisdição dos neopovoadores. Foi ele João Ramalho e parece ter sido um náufrago das primeiras armadas, já tendo merecido numerosas e eruditas monografias. Pedro Taques, que sobre ele escreveu as maiores contradições da sua Nobiliarchia, assegura que Martim Affonso de Sousa lhe concedera uma sesmaria na ilha de Guaibe. Em 1580, o capitão-mor Jeronymo Leitão fazia referências às terras doadas a João Ramalho e seus filhos, que limitavam com as dos índios da aldeia de Ururaí, ao longo do rio desse nome e que iam até onde então se denominava Jaguaporebaba.
Nesses limites, na borda do campo, que era o limiar dos sertões ainda desconhecidos, havia João Ramalho se estabelecido, erguendo uma ermida sob a invocação de Santo André, que em 1553 o governador-geral Thomé de Sousa elevou à categoria de vila.
Aí viveu maritalmente com uma filha do cacique Tibyriçá, da aldeia de Piratininga, por uns chamada Izabel e por outros Bartira e dela teve numerosa prole mameluca. Foi homem muito venerado entre o gentio e suas filhas casaram-se com principais da capitania.
Os jesuítas não apreciavam a João Ramalho. Thomé de Sousa o conheceu pessoalmente e em carta a El-rei, mencionou que era natural do termo de Coimbra. O padre Manuel da Nobrega, também em carta datada de 1553, dirigida a Luiz Gonçalves Camara, referiu que João Ramalho saíra do reino havia uns quarenta anos,