Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

ajustei esta empresa com o coronel Francisco Pinto do Rego e outros paulistas a quem persuadi para se encarregarem da execução dela; mas estando a ponto de partirem, e já com as ordens passadas na Secretaria, culparam o coronel numa devassa de que está se livrando, o que tem servido de muito detrimento a esta ação, porque como ele fez toda despesa à sua custa, e estava já pronto, muitas cousas se lhe tem perdido, e tudo o mais ficou suspenso, por ser ele o cabeça principal que tudo dispunha e governava; porém a rogos meus ainda persiste na resolução para executá-la, a todo tempo que se vir desembaraçado."

El-Rei concedeu ao coronel Francisco Pinto do Rego, no ano seguinte de 1768, o perdão da cumplicidade que lhe imputavam, de ter tácito conhecimento duma denominada conspiração dos criados do governador d. Luiz Antonio de Sousa, os quais haviam, insuflados pelo padre Garcia, combinado abandonar repentinamente o palácio deixando o morgado sem ter quem o servisse. O brioso paulista, porém, não quis mais levar a sua bandeira ao sertão do Tibagi.

Oriundo duma das mais notáveis famílias de São Paulo, fidalgo da casa real, o coronel Francisco Pinto do Rego foi um dos cidadãos mais ricos e prestimosos do seu tempo. Exerceu o cargo de capitão-mor das vilas de Jacareí e Mogi das Cruzes, tendo se distinguido anteriormente na prisão do facínora João Corrêa de Alvarenga. Quando do assédio da Colona do Sacramento, em 1737, levou até Laguna, à sua custa, um troço de

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