Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

Com esses prisioneiros regressara Antonio de França e Silva ao fim desse ano, ao porto de Araritaguaba, onde ficaram os mesmos vigiados, até que o morgado de Matheus resolveu enviá-los para o presídio então já fundado em Iguatemi, em duas viagens, indo na primeira, em 1767, d. João de Villalva e na segunda, em 1769, d. Mauricio. O morgado tinha grande receio de que esses espanhóis se comunicassem com seus patrícios do Paraguai, revelando-lhes pormenores da fundação de Iguatemi.

Esta havia se dado com a expedição do capitão-mor d. João Martins de Barros, que partira de Araritaguaba a 28 de julho de 1767.

Era uma colônia militar margem esquerda do rio Iguatemi, cerca de cento e vinte quilômetros acima da sua foz, no rio Paraná. O local escolhido era o mesmo em que o brigadeiro José Custodio de Sá e Faria fizera uma estacada, quando fora da execução do tratado de limites, em 1755.

"Teremos assim um estabelecimento, explicava o morgado de Matheus ao conde da Cunha, muito avançado entre os castelhanos e ao qual podemos socorrer desta capitania de São Paulo; uma atalaia para ver o que se passa em todos aqueles sertões; um marco que adquire para os nossos domínios toda grande campanha da Vacaria e todas as terras e sertões até o rio Nhanduí... e finalmente o passo mais certo que se pode dar para franquear os meios de abrir a porta à conquista de

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