Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

prontos com suas mulheres e famílias para marchar para dita expedição com as mais famílias que agora estão a partir e que se assim o não fizerem como têm prometido, que os hei de consumir e que em nenhuma parte hão de escapar ao castigo que merecer a sua desobediência."

A exemplo desta ordem inúmeras outras, por todo território da capitania, quando não eram os bandos ríspidos, mandando caçar a escória do vício e do crime e embarcá-la para o presídio. A pena aos insubmissos era, como escrevia o morgado de Matheus, a consumição. Pagavam por isso os pais pelos filhos, as esposas pelos maridos e os irmãos pelos irmãos.

Iguatemi, localizado num sítio úmido e insalubre, foi denominado por um historiador, "cemitério de paulistas". A carta régia que aprovou a sua criação é datada de 22 de março de 1767. A viagem para esse local se fazia de Araritaguaba pelo Tietê abaixo até o rio Paraná; por este abaixo até perto das Sete Quedas, onde deságua o rio Iguatemi e por este acima, vinte léguas, onde ficava a povoação. A colônia chamou-se ao princípio Cachoeira dos Prazeres, depois Nossa Senhora dos Prazeres de Iguatemi e por último Praça de Nossa Senhora dos Prazeres e São Francisco de Paula do Iguatemi.

As expedições de povoamento para esse sítio seguiam-se rápidas. Só o capitão André Dias de Almeida conduziu três delas, com uma média de trezentas pessoas. Bento Cardoso de Siqueira transportou uma, com

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