ella reputava traidor e elegeu, não obstante sua relutância, ao padre Antonio Ramos Barbas de Louzada, que ali fora à viva força servir de vigário.
Estava então Portugal em guerra com a Espanha e o religioso, arvorado em militar, fez tudo pelo melhor, dando parte ao governador de São Paulo, a esse tempo, Martim Lopes Lôbo de Saldanha. Teve como adjunto ao tenente Jeronymo da Costa Tavares, mas a anarquia reinante na praça deixava antever o seu próximo fim. Sem provisões de guerra e de boca, sem o apoio do governador de São Paulo, o vigário Louzada viu uma amanhã à frente do presídio, seis mil homens do exército espanhol, comandados por d. Agostinho Fernandez de Pinedo.
A guarnição do forte era apenas de cento e dezesseis soldados, sem armas e sem víveres. Assim o padre tomou a única medida que lhe competia: capitulou, com as devidas honras militares, em 27 de outubro de 1777.
Afirmava Martim Lopes, numa carta de janeiro do ano seguinte dirigida a El-Rei, que os espanhóis, por ocasião da tomada de Iguatemi, sabiam que as hostilidades entre Portugal e a Espanha já haviam cessado, mas que o ataque a essa praça fora uma instigação do brigadeiro José Custodio de Sá e Faria, por ele desfeiteado e prisioneiro em Buenos Aires, procurando desse modo vingar-se do governo português. O fato é que o governo espanhol manteve o ato de d. Agostinho Fernandez de Pinedo.