Migrações e cultura indígena. Ensaios de arqueologia e etnologia do Brasil

recente sobre o assunto, estávamos no período de pleno esquecimento a que me referi acima. Mas aquela iniciativa correspondia a uma viva necessidade que seduzia a todos, e pode, assim, ser criado um novo movimento, sobre bases científicas, a favor da cultura do índio. É esta a terceira fase, a atual, e que ela está sendo profícua, tenho a alegria de proclamá-lo, revendo os livros, os ensaios, os artigos publicados em todos os pontos do país, depois do aparecimento daquele livro. Há agora, realmente, uma grande curiosidade pela arqueologia brasileira, ciência cujos limites poucos sabiam precisamente onde estavam. Ainda era comum pensar-se que reminiscências do negro e do português constituíam material de nossa arqueologia. Evidentemente, agora não prevalece a mesma tese. Os elementos integrados no velho passado do Brasil não são desconhecidos e para este resultado venho procurando imprimir uma direção homogênea, não só nos livros que tenho publicado, como no curso de arqueologia brasileira do Museu Histórico Nacional.

Migrações e cultura indígena, em que examino alguns aspectos da vida indígena brasileira e tento um quadro largo das migrações americanas, vale como um convite ao estudo de problemas de tão viva significação e importância para a arqueologia do meu país. É um esforço que representa um momento de confiança e de fé. Serve como um pedido

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