de êxito da cerâmica indígena, escolhendo matéria prima que dispensa uma melhor composição.
O talento artístico dessas remanecentes de antigos oleiros adiantados, consiste não em saber compor o material e sim em saber escolhê-lo, o que explica, suficientemente, a decadência da cerâmica naquela região.
Na Amazônia os oleiros empregavam como matéria prima a tabatinga pura ou misturada com diferentes pós, que exerciam geralmente a ação de desengordurantes. Esses pós eram conseguidos de diferente maneira, segundo o testemunho de naturalistas e de estudiosos, que viram os nativos trabalhar. Deles um dos mais preciosos era o de caraipé,(1) Nota do Autor cuja fabricação HARTT se compraz em descrever: "Vi prepararem a casca do caraipé, empilhando os fragmentos e queimando-os ao ar livre. A cinza é muito abundante e conserva a forma original dos fragmentos. Tendo sido reduzida a pó e peneirada, é perfeitamente misturada com o barro a que dá, quando úmido, um aspecto de plombagina escura, mas com a ação do fogo esta cor torna-se muito mais clara. O uso do caraipé faz a louça resistir melhor ao fogo. O prof. CHAS. SCAEFFER, do laboratório químico da Universidade de Cornell, teve a bondade de analisar um espécime de casca de caraipé, e achou que continha enorme percentagem