Machado de Assis - Estudo crítico e biográfico

Foi um moleque entre muitos outros, um molequinho feio, de camisa de riscado e pés no chão, espiando, curioso, a gente que se aventurava pela Gamboa e as embarcações que atracavam na praia de São Cristóvão.

Essas cenas da meninice nunca mais se apagaram da sua memória. A Saúde, a Gamboa, São Cristóvão e os morros adjacentes vivem na sua obra.

Seus divertimentos deviam ser, como os do Brás Cubas, "caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição ou, simplesmente, arruar à toa".(5) Nota do Autor

Aos domingos, movida pela fé simples da Maria Leopoldina, a família toda, metida em fatiotas engomadas de fresco, subia o Morro do Livramento" ainda nu de habitações, salvo o velho palacete do alto, onde era a capela."(6) Nota do Autor.

Vivo, precoce, observador, Joaquim Maria, enquanto andava teso na frente dos pais, ia olhando as brigas de galo, ouvindo as conversas, colhendo, sem o saber, material para o futuro Machado de Assis.

Depois do almoço preparado pelas mãos infatigáveis da lavadeira, eram os folguedos pela praia Formosa "de nome bem posto" entre "aquelas grandes braçadas de mato, brotando do lodo à beira do mar", "alastrado de terras e verduras."(7) Nota do Autor Bem

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