perto ficavam a praia dos Lázaros e a de São Cristóvão. Levando um ou dois companheiros, o molequinho rumava para lá. Uma pernada, apenas. E, se demorasse, não daria certamente por falta dele a pobre Maria Leopoldina, muito ocupada nos seus trabalhos em casa.

"A praia ia mudando de aspecto. Dobrava para o Saco do Alferes, vinham as casas edificadas do lado do mar. De quando em quando, não eram casas, mas canoas, encalhadas no lodo, ou na terra, fundo para o ar."(8) Nota do Autor

Outras vezes, era para a Gamboa que o levavam os pés infatigáveis de menino pobre, cuja maior distração era andar à solta. Brincava no "cemitério dos ingleses, com os seus velhos sepulcros trepados pelo morro". Chegava até a Saúde, via "ruas esguias, outras em ladeira, casas apinhadas ao longe e no alto dos morros, becos, muita casa antiga, algumas do tempo do rei, comidas, gretadas, estripadas, o caio encardido, e a vida lá dentro."(9) Nota do Autor

Num desses passeios há de ter presenciado uma cena que o impressionou fortemente, a ponto de metê-la, quase da mesma maneira, num romance e num conto(10) Nota do Autor : o espetáculo de uma criança atropelada por um carro.

Mais raramente, esgueirando-se de casa às escondidas da mãe viu o bairro adormecido, "tudo