Inglaterra o direito de um súdito é o direito de toda a nação. Esta não vê, por isso, nada demais na transigência do Governo para com a frota, e o aplaude quando ele declara de nenhum efeito as restrições impostas por força da situação financeira do Império. Então os navios ganham de novo o mar onde continuam a ser os símbolos da sua força e disciplina.
Isto não passa de uma vitória do bom senso. Keyserling dirá que é uma prova a mais do sistema britânico de eficiência. No Brasil, porém, o bom senso tem sido reputado causa de nossos erros e calamidades ao curso da vida emancipada, quando o que nos falta é precisamente este senso comum que C. Ellis Stevens considera uma das melhores virtudes que os norte-americanos herdaram dos que formaram o espírito e as instituições de sua república.
Manoel Bomfim, por exemplo, escreve: - "Têm a religião do senso comum, ou do bom senso, que, no sentir deles, será a mesma coisa; é um respeito supersticioso por tudo que o bom senso consagrou". E a seguir: - "São aforismos que se aceitam sem exame, aos quais de boamente se escravizam estas almas retardadas, e a que se julgam presos os políticos sul-americanos como a um compromisso solene, sem indagar, sequer, a relação em que tais aforismos se acham com as coisas atuais"(1) Nota do Autor.
E, todavia, como vimos, é graças a esse bom senso, que é a virtude primacial da raça, que os ingleses logram, como indivíduos e como coletividade, contornar as mais temerosas dificuldades de sua história, irradiando de um pequeno arquipélago por todos os continentes, fundando e