Queremos o poder forte, damos aos que o exercem todas as atribuições para comprimir as liberdades, e, depois, nos pomos a gritar que ele transborda, se derrama, e nos atropela e esmaga com o absolutismo. Procuramos o governante que se impõe por qualidades excepcionais de inteligência, de mando, de coragem, de audácia, de força, mas não vacilamos em nos erguermos contra a primeira manifestação de qualquer desses elementos que julgávamos indispensáveis no complexo de atributos do verdadeiro homem de estado. O espírito sul-americano, ainda que muito desopresso nos últimos anos, tem oscilado, ao influxo da herança psicológica e da tradição política, entre o amor desvairado da liberdade e a tortura do governante capaz de gestos teatrais que revelem uma indomável personalidade.(4) Nota do Autor Definem-se