o outro para, dar às de villa-diogo na rua das Mercês...
Também não vacila em acutilar os povos brasileiros se deles não lhe vem o apoio com que conta para a revolução pernambucana. Quando a Bahia se mostra conciliadora, guiada pelos seus homens de estado, Frei Caneca, a injúria sem medida, mas logo que lhe descobre de novo as resistências cívicas volta a exaltá-la com fervor.
O Rio de Janeiro, as províncias do Sul, atravessam as colunas do Typhis cobertas de invectivas. Levando o seu federalismo a extremos inverossímeis, não quer que as províncias mandem os excedentes de suas rendas para o centro e prega até o absurdo da existência de marinhas de guerra provinciais.
Mas é sempre sincero nesses arremessos como nos pontos de vista que sustenta. Dizem testemunhas visuais do terror vermelho da Espanha, em 1936, que nas fachadas dos templos incendiados põem os marxistas, como bandeiras, as sotainas dos padres trucidados. Sobre a Revolução pernambucana de 1824 a bandeira que tremula, ardendo sobre os escombros, é também uma sotaina. Mas os clarões que a fazem resplandecer não são os do fogo posto e da carniceria das massas dominadas pelos mais sanguinários instintos ancestrais: são os clarões da glória e da imortalidade. Frei Caneca é, indubitavelmente, uma das grandes figuras de nossa história. Pode ter errado. E erra muitas vezes. Pode ter sido injusto. E o é certamente em vários lances da hora tremenda que lhe cabe viver. Pode ter impedido, com a sua teimosia, com a sua obstinação, uma transigência oportuna com a Coroa, o que teria poupado tantas vidas e evitado as calamidades que exauriram Pernambuco e as demais províncias participantes da Confederação do Equador. Não obedece, jamais, a um móvel inferior. Não se deixa