O padroado e a Igreja brasileira

queiram engrossar o número dos perturbadores da ordem pública, ou imitar o deplorável exemplo dos fanáticos, e supersticiosos, que em nome da religião, que detesta o crime, e reprova a desordem, inundam o mundo de atrocidades e de misérias.

Se a câmara dos senhores deputados reconhecer com o governo a absoluta necessidade de pôr termo à imoralidade pública, se concordar no meio proposto, importantes trabalhos estão quase concluídos, e serão apresentados à vossa consideração".

O que certamente se deu com Feijó foi um simples caso de anacronismo sentimental provocado pelo amor à sua classe, levando-o ao excesso que os inimigos compreendem mas não perdoam, porque é impossível, sem má-fé, não compreenderem a sinceridade e o desapego com que sempre agiu nesse sentido.

Depois dos incidentes criados pela questão do celibato do clero e do reconhecimento do bispo do Rio de Janeiro, que serão tratados mais adiante, a Igreja viveu no Brasil uns anos de relativa tranquilidade, mesmo assim rompida de vez em quando pela ingerência do poder temporal em cousas da sua alçada. Este é o caso de que trata a circular de 19 de maio de 1855, só revogada pela República, e que seria um golpe mortal na organização do clero regular da Igreja brasileira.(I) Nota do Autor

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