aproveitavam não só os pagés, mas "outros médicos... melhores", segundo a frase de fr. Vicente do Salvador. Desse modo, sabiam descobrir a propriedade medicinal de certas plantas, como sejam:(1) Nota do Autor o ananás, "cujo sumo come todo o câncer"; a cabureíba, milagrosa na cura das "feridas frescas"; as folhas do caraobuçú, que, pisadas, "curam as boubas"; a ubiracica, da qual se faziam "emplastos para defensivo da frialdade"; as raízes do jeticuçu, "que são maravilhosas para purgar"; a copaíba, "de que se tira bálsamo mui salutífero"; etc. Cada um, diz Loreto Couto, "é médico de si mesmo, e da sua família".
Pouco sabemos a respeito das noções geográficas dos tupis do litoral brasileiro. "Não há estrelas no céu (diz o padre Yves d'Évreux) que eles não conheçam e calculam, pouco mais ou menos, a vinda das chuvas e as outras estações do ano". Abbeville confirmou, de fato, a observação do capuchinho francês e menciona numerosos corpos celestes, aos quais os indígenas maranhenses tinham posto nome.(2) Nota do Autor Os meses, em geral, contavam-se de acordo com as luas; os anos por qualquer outro acontecimento meteorológico (época