das chuvas, verão,(1) Nota do Autor que coincidisse com alguma atividade importante do grupo (época do milho, safra do caju). Não existia a noção do dia de vinte e quatro horas.
M. P. Nilsson(2) Nota do Autor observa que o homem das sociedades elementares percorre uma fase bastante confusa na interpretação do tempo, havendo momentos em que o passado e o futuro têm, a mesma realidade do presente. Certos acontecimentos (diz o referido autor) impressionam a memória do selvagem, mas apenas como silhuetas de um teatro de sombras. De qualquer modo, porém, são as ocupações primordiais da vida econômica dos indígenas que determinam o tempo e servem de fundamento à cronologia do chamado homem primitivo. Sílvio Rabelo chegou à evidência de que, na criança, os conhecimentos domésticos servem, igualmente, de elementos representativos do tempo: "Uma criança observada por Wettstein à pergunta: — Quando você se deita para dormir? — respondeu: — Quando papai entra. Uma outra respondeu à pergunta: — Quando você entra na Escola? — da seguinte maneira: — Mamãe me acompanha, então é a hora".
Os indígenas do nordeste brasileiro, em suma, — tupis, jês, cariris, — tinham realmente um mecanismo próprio do homem elementar (pensamento pré-lógico); isso, todavia, não excluía o pensamento lógico. Lógico e pré-lógico, na mentalidade