desalento que nem ao menos encontra mais os escravos para o repetirem..."(303) Nota do Autor
Não há nisso um recuo, como pareceu a tantos e, muito menos, uma retratação.
Há, apenas, o desejo, o legítimo desejo, em quem lutou demais, de descansar um pouco.
A realidade, todavia, ainda uma vez o trairá.
A própria "História da Literatura", onde o propósito se afirma de modo tão peremptório, já o contraria em vários lances.
Nem poderia ser de outra maneira.
Silvio sempre mostrou pela fase combativa de sua vida uma predileção especial.
É com ela, a despeito de todos os seus excessos, de todos os seus possíveis exageros, de todas as suas inevitáveis imperfeições, que mais se identifica o seu temperamento, a sua índole inteiriça e inamoldável de lutador.
Por isso mesmo é que na própria ocasião em que indica os momentos diversos da sua evolução mental, logo após confessar que o estudo mais atento da terra e da gente brasileiras o haviam feito corrigir muitos conceitos que emitira no calor das primeiras impressões, faz questão de frisar, sem demora, imediatamente, a unidade moral de toda a sua obra, idêntica nos seus alicerces e na sua estrutura.
Seguir-se-á, daí — pergunta ele — desse desejo de descanso, de repouso, de atenuação e abrandamento nos seus processos de combate, de forma, e nada mais do que de forma, na realização da sua crítica — seguir-se-á, daí, que ele renegue os seus livros dos tempos da mocidade, dos saudosos dias em que