A raça de Lagoa Santa - velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano

Algumas conchas de Ropana bezoar, que é o molusco que na América proporcionava a púrpura, apareceram em vários moundes de maneira a demonstrar que delas foi retirada a referida tinta.(4) Nota do Autor

Argumenta-se ainda com a aparição na América de representações de elefantes, que só podiam ser o produto de uma cultura estranha. As supostas representações aparecem em relevos de Palanque e de Copán.

Essa opinião, dos que dão uma remotíssima antiguidade para o homem americano, tem sido combatida. O prof. Imbelloni, em sua notável obra — La esfinge Indiana, refere-se com certos detalhes à chamada escola de Manchester, de que George Elliot Smith foi o verdadeiro chefe, escola em que se impõem as tendências analogistas na arqueologia moderna. Seus mais acatados discípulos foram Jackson, Perry e Rivers, que sustentam com afinco a existência de um único centro histórico de irradiação das culturas antigas.

Elliot Smith especializou-se no estudo da pré-história e da egiptologia, tendo, no entanto, se dedicado aos assuntos americanistas por mais de 20 anos.

A sua teoria, defendida sempre com tanto ardor e persistência, consigna para o mundo antigo uma única fonte de cultura, que se irradiaria, de um centro universal, para estender-se, por meio de migrações, por todo o orbe.

Já nos referimos aos elementos em que foi baseada a civilização heliolítica, segundo a terminologia de Brockwel.

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